No último domingo terminou a maior festa dos desportos de Inverno. Foram dezasseis dias de alta competição, quinze modalidades, 2622 atletas vindos de 92 nações de todo o mundo. Para a história fica o recorde de medalhas de ouro superado pelo Canadá, apesar de ter sido o vizinho, E.U.A., a amealhar maior número de medalhas, no total. De salientar que Portugal, representado apenas por um atleta na modalidade de Sky de Fundo, não conseguiu qualquer medalha.
Foi de arrepiar esta 21ª edição dos Jogos Olímpicos de Iverno desde o seu início até ao fim. Ainda não tinha oficialmente começado quando um atleta georgiano perdeu a vida enquanto treinava a sua modalidade, trenó, na já considerada uma das mais rápidas pistas de trenó do mundo. A partir daí foram só emoções fortes até ao fim, onde houve tempo para apreciar belos espectáculos, onde se confirmaram várias previsões e algumas surpresas...
A começar pelo recorde de medalhas de ouro que foi quebrado, como já foi dito, pelo Canadá, pais anfitrião, que de resto esteve brilhante na organização do evento a todos os níveis. A Noruega, em 2002 nos jogos de Salt Lake City, e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1976 nos Olímpicos de Innsbruck, detinham o recorde de 13 medalhas de ouro. Mas para que se prove a emoção contida nestes jogos até ao último segundo, foi precisamente nos últimos segundos da final masculina de Hockey no Gelo, um clássico entre o Canadá e os E.U.A., que a equipa da casa garantiu a 14ª medalha de ouro. É que foi preciso recorrer a prolongamento ("Over Time") pra desfazer a igualdade a 2 golos que se verificava ao fim dos 3 períodos regulares. Os canadianos conseguiram 14 medalhas de ouro, 7 de prata e 5 de bronze, somando no total 26 medalhas, menos 4 que a Alemanha com 10 de ouro, 13 de prata e 7 de bronza, e menos 11 que os EUA que apesar de só terem vencido 9 provas, ficaram sem segundo em 15 ocasiões e em terceiro noutras 13.
Fazendo uma ronda pelas 15 modalidades, começo por destacar o ouro olímpico alcançado pelo Suiço Simmon Amann quer na disciplina de LH (large hill) quer na de NH (normal hill). O "bigode voador", o polaco Adam Malysz conseguiu a prata nas duas vertentes, assim como o austríaco Gregor Schlierenzauer ficou em terceiro. Quanto aos saltos de ski por equipas, foi a Áustria que saiu vitoriosa, equipa constituida por Wolfgang Loitzl, Andreas Kofler, Thomas Morgenstern e Gregor Schlierenzauer. A prata foi para a Alemanha, representada por Michael Neumayer, Michael Uhrmann, Andreas Wank e Martin Schmitt. No último lugar do pódio ficou a Noruega, com Anders Jacobsen, Johan Remen Evensen, Anders Bardal e Tom Hilde.
No Slalom Gigante de ski alpino, o suiço Carlo Janka garantiu o ouro, enquanto nas mulheres a vitória foi para a alemã Viktoria Rebensburg.
No biatlo, a Noruega foi a equipa que mais ouros conseguiu, três. No Curling, o Canadá venceu nos masculinos e a Suécia nos femininos. Na patinagem artística, destaque para o par chinês que venceu a competição de pares. A Holanda foi o país dominador em todas as vertentes da modalidade de patinagem de velocidade, arrecadando 3 medalhas de ouro, 1 de prata e 3 de bronze. No trenó, a Alemanha venceu quer a nível masculino quer a nível feminino, sendo que a pares foi a Áustria que saiu vitoriosa. Em Bobsleigh, a medalha de ouro feminina foi para a dupla canadiana; a dupla alemã venceu no sexo masculino; já os EUA conseguiram mais um "ouro" na disciplina de 4. Em ski cross-country, a Noruega dominou do início ao fim conseguindo 5 medalhas de ouro, 2 de prata e outras tantas de bronze.
Quanto a Portugal, o único atleta luso foi Danny Silva, que ficou no 95º e último lugar da prova de 15 km livres, na modalidade de cross-country (sky de fundo), cortando a meta 15 minutos depois do vencedor, o suiço Dario Cologna.
Terminaram assim os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, realizados em Vancouver, mas é também um "até já", pois a 12 de Março começará nesta cidadmais uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno.
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