domingo, 30 de janeiro de 2011

Open da Austrália: Triunfo de "Aussie Kim"

Kim Clijsters conquistou pela primeira vez o Open da Austrália, depois de vencer em Melbourne a chinesa Li Na, pelos parciais de 3-6, 6-3 e 6-3. No fim, a tenista belga confessou sentir-se "Aussie Kim".


Foto: www.wtatour.com


Duas semanas depois do confronto entre estas duas jogadoras na final do torneio de Sydney, da qual Li Na saiu vitoriosa, o destino voltou a juntá-las, agora na final do primeiro Grand Slam de 2011.

Em Melbourne, Kim entrou melhor no encontro, vencendo os dois primeiros jogos, mas Li Na acabou por aplicar o seu melhor ténis e virou o marcador, conquistando o primeiro “set” por 6-3. A experiência de Clijsters possibilitou a sua recuperação na segunda partida, essencialmente depois dos quatro “breaks” inaugurais.

Ora, Li Na acabou por acusar algum cansaço essencialmente psicológico, até porque carregava aos ombros a responsabilidade de ser a primeira chinesa numa final de um Grand Slam. Clijsters conseguiu impor definitivamente o seu ténis e venceu o terceiro e último “set”, também por 6-3.

As estatísticas não mentem. Na derradeira partida a tenista belga cometeu 5 erros não forçados (26 em todo o encontro) contra 15 da asiática (40 no total dos três “sets”), o que prova a superioridade de Clijsters na Rod Laver Arena.
Com estes resultados, Kim Clijsters sobe ao 2º posto do ranking WTA, enquanto Li Na vai alcançar a 7ª posição.

PERCURSOS DE RESPEITO

Não se adivinhava tarefa fácil para Clijsters derrubar Li Na em Melbourne. Não só pela brilhante vitória da chinesa alcançada nas meias-finais perante a número 1 do mundo, Caroline Wozniacki, mas sobretudo pelo espírito combativo e o seu ténis bastante evoluído que Li Na havia demonstrado nas partidas recentes. Antes da tenista dinamarquesa, Li eliminara a bielorrussa Viktoria Azarenka (oitava cabeça de série) e a alemã Andrea Petkovic, que tinha derrotado Maria Sharapova na fase anterior.

Do outro lado do “court” estava uma Kim Clijsters experiente, que buscava o seu primeiro título Grand Slam fora dos Estados Unidos, já que a belga conta no seu currículo com 3 vitórias no US Open (2005, 2009 e 2010). Clijsters chegava à final depois de ter derrotado nas “meias” a russa Vera Zvonareva, segunda cabeça de série e a adversária da última final do Open dos Estados Unidos, e nos “quartos” a polaca Agnieszka Radwanska.

Em ambos os encontros, Kim tinha deixado uma imagem positiva, de um ténis muito forte quer defensiva quer ofensivamente. Porém, também passou a ideia de alguma desconcentração em momentos importantes dos encontros, o que de certo modo abriu portas a uma possível surpresa na final, a vitória de Li Na, o que acabou por não acontecer.

AGRADECIMENTOS, HUMOR E CONSAGRAÇÃO NA HORA DE FALAR

No fim deste duelo de casadas (uma raridade no circuito feminino), as tenistas agradeceram o apoio dos patrocinadores, da equipa técnica e dos adeptos. O humor de Li Na veio ao de cima: “Não me importa se o meu treinador - sim, ele é também o meu marido - é gordo ou magro, bonito ou feio. Eu amo-o e sem ele eu não seria certamente finalista do Open da Austrália”.

As palavras mais esperadas vieram da boca da vencedora. “No passado, os australianos sempre me apoiaram e, de certa forma, senti que não conseguia retribuir. Agora, sinto que me podem chamar "Aussie Kim"”, referiu Kim Clijsters, que teve uma relação há uns anos com o tenista australiano Lleyton Hewitt, o ídolo daquele país.

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