quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Espírito Natalício

É envolvido numa bela manta junto à lareira que escrevo este que é o meu primeiro post no "1991" depois de terminado o Mundial da África do Sul (não falemos disso, pode ser?).

O Natal é uma época do ano que sempre me deixou super feliz, ansioso (para abrir prendas, decorar a árvore e toda a casa, ir à célebre Missa do Galo, etc.), e mais aberto às outras pessoas, salvo seja.

Eu até podia estar aqui com as conversas de que o mais importante é reunir a família, jogar às cartas ou dominó o dia inteiro, conversar sobre a bola e as novelas da TVI, enfim... Mas isto é aquilo que todos nós podemos fazer regularmente, basta irmos de manhã à praça que encontramos meia dúzia de velhos a falar das "roubalheiras" do futebol português, basta irmos aos domingos à casa dos avós, enfim.

É por isso que para mim o Natal é muito mais do que estar em família (sem dúvida o ponto essencial desta quadra). O Natal é comer bolinhos caseiros da avó/mãe/tia... O Natal é beber licores e poncha até que a minha mãe grite "ANDRÉÉÉÉÉÉÉÉÉ TEM JUIZOOOO".

O Natal é ir ao Funchal ver as luzes espalhadas pela baixa ao som de bandas filarmónicas, de grupos de folclore, ou de simples músicas da época que tocam nas colunas ao longo das artérias da capital madeirense. O Natal é tirar fotografias até esgotar a memória da máquina, para depois fazer inveja aos coleguinhas da Faculdade, lá no Porto.

O Natal é também ir às missas do parto todos os dias (eu não vou todos, mas vou quase todos, afinal de contas elas são às 6h da manhã) para cantar, tocar os sininhos no fim, ou simplesmente para ouvir as canas rachadas dignas de participação no novo programa da SIC "Achas que sabes cantar?". Ah, e ir à missa do galo, obviamente, quanto mais não seja para beber vinho Madeira e comer bolo de mel (à saída da Igreja) gentilmente oferecidos pela Junta de Freguesia.

O Natal é ainda comer Tangerinas (a fruta típica na Madeira) e atirar os caroços para o meio do poio (poio na sua definição madeirense). O Natal é sentir o frio das noites de 23, 24, 25 e 26.

Eu já nem falo das prendas de Natal. É que descobri há poucos dias que o Pai Natal não existe, de facto, algo que me deixou deveras defraudado.

Para todos os que lerem este post desejo um FELIZ NATAL, cheio de saúde, paz, alegria, bolinhos, licores, missas, tangerinas, ponchas, and so on, and so on...

Para fazer inveja a muitos, ou não, ficam aqui algumas fotografias tiradas há uns dias atrás na baixa do Funchal.




Sem comentários:

Enviar um comentário