domingo, 11 de julho de 2010

África do Sul vitoriosa no Mundial 2010.




A Espanha sagrou-se pela primeira vez na sua História campeã mundial de futebol. Para mais tarde recordar fica também o primeiro mundial organizado no continente africano. A África do Sul foi o privilegiado ao receber o certame das 32 melhores selecções do mundo. Quem sabe se um dia esta competição regressará a África.

Foram 31 dias de espectáculo. Um mês de futebol de manhã à noite. Um mês ao som de vuvuzelas. 9 cidades, 10 estádios, tudo foi preparado ao mais ínfimo pormenor. No início pensava-se que os estádios não iriam estar prontos a tempo, que as infra-estruturas estariam ainda a meio gás. Mas tudo isso não passou de um mero receio. Apesar de não ter comprovado por mim mesmo, quem esteve na África do Sul fala de um país bem preparado, com redes de transporte desenvolvidas e suficientes quer para os adeptos quer para os jornalistas, de um país com capacidade de acolher todos os que a visitassem e isso, apesar de não aparecer no pequeno ecrã, foi importante para o sucesso deste organização.

Quanto aos estádios, esses estiveram prontos a tempo do início da competição. Eram recintos com todas as condições de segurança e de trabalho para a comunicação social, lamentando apenas o mau estado do relvado em vários estádios. Por isso a falha que eu aponto à organização é a da existência de apenas 10 estádios no mundial, o que obriga a uma pressão sobre o relvado muito maior do que a que verificou na Alemanha em 2006, onde havia 12 estádios. Não percebo o esforço financeiro para construir de raiz os estádios de Nelspruit e Polokwane para depois terem apenas 4 jogos da fase de grupos, e haver o estádio de Rustenburgo (a meu ver o mais "fraquinho" do lote) com 5 jogos na fase de grupos e um dos oitavos de final, sendo que apenas foi alvo de pequenas remodelações. Ainda a respeito dos estádios, dizer que é incompreensível Nelspruit só receber o primeiro jogo no último dia da primeira ronda, numa altura em que vários estádios já tinham recebido 2 jogos e estavam próximos de um 3º. Nestes o relvado estaria obviamente em mau estado.

A segurança foi a grande dúvida de todos. É do conhecimento popular que a África do Sul não é propriamente um país seguro, até houve assaltos a jornalistas, já no decorrer do campeonato, que questionaram ainda mais este parâmetro. Isto para não falar das possíveis ameaças terroristas que estavam apontadas principalmente para o jogo entre Inglaterra e Estados Unidos, em Rustenburgo. Felizmente não passou de uma mera especulação. De qualquer modo, os sistemas de segurança junto aos estádios, junto aos hotéis das selecções, junto aos centro de estágio, e pelas ruas das cidades, foram muito apertados, o que nos leva a parabenizar todos os responsáveis pela segurança pois não houve qualquer incidente de maior.

O mundial do México de 1986 ficou conhecido pela famosa onda nas bancadas e pelos "olé" que ainda hoje os mexicanos impõem quando a sua selecção joga. O mundial da África do Sul ficou eternamente marcado pelas vuvuzelas, as cornetas ensurdecedoras que tanto irritaram treinadores, jogadores, árbitros, adeptos, televisões. Mas não houve nenhum jogo onde não se ouvisse a vuvuzela. Foi um ícon desta campeonato que trouxe um grande ambiente aos estádios. De resto, todos os adeptos que foram ao país mais austral de África mostraram um espírito bastante animado, mesmo que os resultados dentro de campo não fossem os mais desejados. Africanos, europeus, asiáticos, americanos, oceânicos, todos se reuniram na grande festa que é o futebol. Do 11 de Junho ao 11 de Julho houve de tudo o que é bom, que se pode resumir numa só palavra: FESTA!

Acabou. Vamos todos ficar com saudades de ver estas gentes de todo o mundo a conviver antes, durante de depois dos jogos, de ver paisagens magníficas e estádios esplendorosos. A África do Sul venceu, trouxe o continente africano a um patamar nunca antes visto.

And the winner is: SOUTH AFRICA

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